Qual o
perfil que as empresas buscam para o profissional de marketing em um momento de
estagnação econômica, como no Brasil, da atualidade? Veja a resposta, neste
post
Alfredo Passos, 25 de agosto de 2014
Início
estas escritas quando as cerca de 100 instituições consultadas pelo Banco
Central (BC) para o boletim Focus cortaram, pela 13ª semana consecutiva, de
0,79% para 0,70% a estimativa para o crescimento do PIB em 2014.Para o ano que
vem, as projeções foram mantidas em 1,20% de expansão, segundo o jornal Valor
Econômico.
E com
panorama de vendas em baixa em alguns setores, ou estagnação econômica, as
empresas que atuam no mercado brasileiro, buscam reforçar suas áreas de
marketing com profissionais mais qualificados e com capacidade de conduzir as
mudanças que o mercado exige, para atender as estratégias corporativas.
Uma das
causas para a mudança são os menores investimentos que as empresas estão
fazendo. E assim, realizando aplicando em campanhas de comunicação on-line. As
empresas, desse modo, querem executivos que dominem o meio digital, e nem todos
incorporaram esse conhecimento às suas realidades, informa Vianna.
Outra
questão comentada pelo diretor da Talenses, é a de maior atenção à comunicação
no ponto de venda. A diversificação de competências, antes mais ligadas às
mídias tradicionais, favorece profissionais com perfil mais generalista, em
detrimento do especialista.
Na
matéria do Valor, vários especialistas foram ouvidos, pelo jornalista Gabriel
Caprioli, e a partir destas importantes contribuições, apenas reuni 10 ideias
muito importantes:
1. Ainda, tem sido identificado também o redimensionamento de cargos tanto em âmbito nacional como englobando diferentes países. Para alinhar estratégias, há posições em marketing e vendas que respondem por toda a América Latina, o que inclui as América do Sul e Central e o México. O mesmo acontece na Europa e na Ásia-Pacífico;
1. Ainda, tem sido identificado também o redimensionamento de cargos tanto em âmbito nacional como englobando diferentes países. Para alinhar estratégias, há posições em marketing e vendas que respondem por toda a América Latina, o que inclui as América do Sul e Central e o México. O mesmo acontece na Europa e na Ásia-Pacífico;
2. Dentro
do território brasileiro, a regionalização abre possibilidades de atuar à
frente de mercados como o do Nordeste;
3. Saímos
do “querer vender e persuadir” para o “querer se relacionar”;
4. Agora,
cresce a preocupação com aspectos como pesquisa de mercado, design e gestão da
marca;
5. O
exemplo da P&G, que recentemente aboliu o termo marketing de suas
nomenclaturas de cargo, substituindo-o por marca - um diretor de marketing, por
exemplo, agora é diretor de marca. O objetivo é promover uma integração maior
entre as diversas facetas que compõem o perfil da área;
6. Nesse
contexto, buscam-se profissionais que tenham condições de dar uma visibilidade
diferente ao negócio em função de posicionamento e concorrência;
7. O
momento pede um comportamento mais agressivo, ousado, assertivo e focado em
resultado. Um profissional que trabalhe em equipe, tire todo mundo da zona de
conforto, tenha competência para a gestão de pessoas e seja responsável por
alinhar a estratégia a uma visão de futuro;
8. Um dos
componentes desse conjunto de atribuições é a definição do preço;
9. As
companhias, por sua vez, exercem uma pressão maior por resultados de curto
prazo, e o marketing é uma área muito cobrada por estar intimamente ligada à
demanda. "Sua visão, no entanto, deve ir além das necessidades do
consumidor. É preciso entender para onde o negócio caminha;
10. As
empresas estão sendo mais precavidas na hora de contratar executivos da área,
às vezes optam até por quem não possui uma formação específica em marketing.
Muitos dos profissionais têm 'background' em outras disciplinas, como
matemática e engenharia de produção. Sinal de que a qualificação requerida
ultrapassa as fronteiras do campo mercadológico.
Retomo
estas últimas palavras “fronteiras do campo mercadológico”, para voltar a ideia
de número 5 (cinco). O que pode significar uma empresa como a P&G, adotar o
nome “marca” e não mais “marketing”, em seu organograma?
A maior
empresa de consumo do planeta, uma das escolas de marketing, muda o nome de uma
das disciplinas mais tradicionais das escolas de negócios, que hoje estão
procurando mudanças e inovações. O que isso quer dizer? Onde isso irá parar?
Meu caro
leitor, leitora, pode ser que outras empresas, ainda irão continuar chamando
seus departamentos e profissionais com a palavra “marketing”, mas a largada foi
dada. Um movimento foi dado. Agora é pagar para ver!
Referências:
Caprioli,
Gabriel, Valor, 25/8/2014
Especialistas,
sínteses das frases 1 à 10: Eliane Figueiredo, diretora da consultoria em
recursos humanos Projeto RH, Maximiliano Tozzini Bavaresco, sócio-fundador da
Sonne, consultoria especializada em "branding", Paulo Alvarenga,
sócio-diretor da consultoria Crescimentum, Riccardo Morici, professor de
marketing do MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor
sênior da Progressus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário