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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Um novo profissional para Marketing

Qual o perfil que as empresas buscam para o profissional de marketing em um momento de estagnação econômica, como no Brasil, da atualidade? Veja a resposta, neste post
Alfredo Passos25 de agosto de 2014

Início estas escritas quando as cerca de 100 instituições consultadas pelo Banco Central (BC) para o boletim Focus cortaram, pela 13ª semana consecutiva, de 0,79% para 0,70% a estimativa para o crescimento do PIB em 2014.Para o ano que vem, as projeções foram mantidas em 1,20% de expansão, segundo o jornal Valor Econômico.
E com panorama de vendas em baixa em alguns setores, ou estagnação econômica, as empresas que atuam no mercado brasileiro, buscam reforçar suas áreas de marketing com profissionais mais qualificados e com capacidade de conduzir as mudanças que o mercado exige, para atender as estratégias corporativas.
O diretor-executivo da Talenses, Rodrigo Vianna, revela que existem muitas substituições na área de marketing - na comparação entre os períodos de março a dezembro de 2013 e de janeiro a julho de 2014, a consultoria registrou um aumento de 30% na demanda por posições de marketing.
Uma das causas para a mudança são os menores investimentos que as empresas estão fazendo. E assim, realizando aplicando em campanhas de comunicação on-line. As empresas, desse modo, querem executivos que dominem o meio digital, e nem todos incorporaram esse conhecimento às suas realidades, informa Vianna.
Outra questão comentada pelo diretor da Talenses, é a de maior atenção à comunicação no ponto de venda. A diversificação de competências, antes mais ligadas às mídias tradicionais, favorece profissionais com perfil mais generalista, em detrimento do especialista.
Na matéria do Valor, vários especialistas foram ouvidos, pelo jornalista Gabriel Caprioli, e a partir destas importantes contribuições, apenas reuni 10 ideias muito importantes:
1. Ainda, tem sido identificado também o redimensionamento de cargos tanto em âmbito nacional como englobando diferentes países. Para alinhar estratégias, há posições em marketing e vendas que respondem por toda a América Latina, o que inclui as América do Sul e Central e o México. O mesmo acontece na Europa e na Ásia-Pacífico;
2. Dentro do território brasileiro, a regionalização abre possibilidades de atuar à frente de mercados como o do Nordeste;
3. Saímos do “querer vender e persuadir” para o “querer se relacionar”;
4. Agora, cresce a preocupação com aspectos como pesquisa de mercado, design e gestão da marca;
5. O exemplo da P&G, que recentemente aboliu o termo marketing de suas nomenclaturas de cargo, substituindo-o por marca - um diretor de marketing, por exemplo, agora é diretor de marca. O objetivo é promover uma integração maior entre as diversas facetas que compõem o perfil da área;
6. Nesse contexto, buscam-se profissionais que tenham condições de dar uma visibilidade diferente ao negócio em função de posicionamento e concorrência;
7. O momento pede um comportamento mais agressivo, ousado, assertivo e focado em resultado. Um profissional que trabalhe em equipe, tire todo mundo da zona de conforto, tenha competência para a gestão de pessoas e seja responsável por alinhar a estratégia a uma visão de futuro;
8. Um dos componentes desse conjunto de atribuições é a definição do preço;
9. As companhias, por sua vez, exercem uma pressão maior por resultados de curto prazo, e o marketing é uma área muito cobrada por estar intimamente ligada à demanda. "Sua visão, no entanto, deve ir além das necessidades do consumidor. É preciso entender para onde o negócio caminha;
10. As empresas estão sendo mais precavidas na hora de contratar executivos da área, às vezes optam até por quem não possui uma formação específica em marketing. Muitos dos profissionais têm 'background' em outras disciplinas, como matemática e engenharia de produção. Sinal de que a qualificação requerida ultrapassa as fronteiras do campo mercadológico.
Retomo estas últimas palavras “fronteiras do campo mercadológico”, para voltar a ideia de número 5 (cinco). O que pode significar uma empresa como a P&G, adotar o nome “marca” e não mais “marketing”, em seu organograma?
A maior empresa de consumo do planeta, uma das escolas de marketing, muda o nome de uma das disciplinas mais tradicionais das escolas de negócios, que hoje estão procurando mudanças e inovações. O que isso quer dizer? Onde isso irá parar?
Meu caro leitor, leitora, pode ser que outras empresas, ainda irão continuar chamando seus departamentos e profissionais com a palavra “marketing”, mas a largada foi dada. Um movimento foi dado. Agora é pagar para ver!
Referências:
Caprioli, Gabriel, Valor, 25/8/2014

Especialistas, sínteses das frases 1 à 10: Eliane Figueiredo, diretora da consultoria em recursos humanos Projeto RH, Maximiliano Tozzini Bavaresco, sócio-fundador da Sonne, consultoria especializada em "branding", Paulo Alvarenga, sócio-diretor da consultoria Crescimentum, Riccardo Morici, professor de marketing do MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA) e consultor sênior da Progressus.

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